segunda-feira, novembro 07, 2005

RHINO

Et voilá... a cidade de todos os capitalismos vibra sob o jugo das trombetas, baterias, saxofones. Desfilam pela rua, lenços na cabeça, bicicletas apodrecidas, cabelos longos e despenteados, óculos de massas, velhos casacos militares. Elas têm o cabelo pintado. Talvez usem uma camisola com riscas coloridas. Vê-se uma crista "démodé" aqui e ali.

A cidade de todos os capitalismos pára um pouco o seu afã de compras para os ver passar. Não gritam. As suas palavras estão na música que tocam, nos cartazes que empunham, nas máscaras que levam. São OKUPAS. No edifício ocupado criaram uma associação de apoio às artes e à cidade trazem o colorido que os fatos sérios, dos senhores sérios, que fazem os negócios sérios deste mundo não poderiam ter.

E naquele sábado (que poderia ter sido igual a tantos outros!)... o povo saiu à rua, a cidade parou para os ver passar e foi-se juntando ao longo do caminho para dançar ao som da música ou para simplesmente sentir o movimento. E afinal... a manifestação dos barbudos vermelhos foi uma festa de rua, com gente, muita gente, a provar que a cidade de todos os capitalismos é afinal uma aldeia cheia de vida!

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